FORMAÇÃO CONTINUADA
FORMAÇÃO CONTINUADA
Curso em 3 módulos em formato Online
O objetivo é oferecer um curso com três módulos, contemplando ampla formação do público interessado, a partir dos modos de ser e fazer indígena do Brasil e da Latinoamérica, com foco em três pilares: epistemologia, arte e ativismo. A proposta é dar visibilidade à ação de mulheres indígenas, cis e trans e para isso 80% da programação conta com a participação de pensadoras e artistas com esse recorte.
Módulo 1 - epistemologia indígena
Conhecer para transformar. O processo colonial foi tão violento, que ao impor suas categorias e normas, destruiu (e ainda destrói) os modos de pensar indígena. Para questionar a produtividade da sociedade contemporânea, propomos uma escuta atenta ao pensamento amríndio, a partir dos seguintes pilares: 1) Fundamentos: territorialidade, fronteira, coletividade, ecologia, sobre o que é vivo, espiritualidade. 2) Colonialidade continuada, invisibilidade social, racismo. 3) Ancestralidade, tempo, mitologia e criação.
Módulo 2 - arte indígena hoje
Optamos pelo termo arte indígena hoje para fugir da armadilha do contemporâneo. Pensando que na linha temporal linear da história da arte, nem sempre o que é produzido hoje está no que se pode chamar de contemporâneo como proposição da modernidade-colonialidade. A ideia de tempo é trespassada pela dimensão espiralar, sem a distinção primitivo-civilizado, arte naif ou moderna. Como pensar a arte fora dos cânones das história da arte e em sua dimensão ritual, cotidiana, lúdica, enlaçada com a vida.
Módulo 3 - mulheres indígenas - ativismo e bem-viver
Há um debate em curso sobre a existência ou não de um feminismo indígena já que a noção de gênero advém de uma proposição colonial. Por isso é uma reflexão muito importante hoje, tendo em vista as demandas específicas das mulheres indígenas e suas reivindicações particulares, mas podendo-se pensar em uma política que amplia suas ações e pensamentos dentro da sociedade brasileira como um todo. Pensar nas relações público e privado, nas apostas comunitárias, na relação do corpo com a terra são pistas singulares para dizer de um patriarcado não universal. Esse curso tem por objetivo ouvir essas mulheres e suas reivindicações e sobretudo fazer ver essa luta no Brasil.